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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A direita italiana quer Battisti


A questão da extradição do ex-militante Cesare Battisti extrapolou seus limites originais. Battisti atuou na década de 1970 num grupelho terrorista conhecido como PAC (proletários armados pelo comunismo). Ele foi preso em 1979 e condenado a 12 anos de prisão. Fugiu para a França e depois para o México. De volta França em 1990 teve que fugir de novo com a ascenção de Sarcozy, que ofereceu sua cabeça para a Itália. Veio para o Brasil e em março de 2007 foi preso. A Itália pediu sua extradição mas o ministro da Justiça, Tarso Genro lhe concedeu asilo como refugiado político.

A Itália está hoje nas mãos do direitista Berlusconi, uma das ponta-de-lança mais ativas da reação anti-operária na Europa. Perseguições aos emigrantes, negros e trabalhadores pobres tem se multiplicado. Ao mesmo tempo no Brasil o destino de Battisti está agora nas mãos do STF presidido pelo reacionário Gilmar Mendes, que já sinalizou que pretende entregá-lo. Não se trata de julgar as opções políticas do ex-militante, mas defender o direito democrático de asilo e a soberania do Estado brasileiro.

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